Dilma, na Rocinha, aponta “terroristas e vigaristas”
14 de Jun de 2013 | 18:36
Verdades e verdades ditas do jeito que qualquer um pode entender.
Lembrou que os que criticam hoje são os que fizeram o inferno de ontem.
Classificou de “estardalhaço e terrorismo informativo” a forma com que se vem noticiando a situação da economia brasileira.
E, de quebra, apontou como vigaristas os que dizem que é preciso cortar os gastos mas não assumem que isso significa cortar os programas sociais.
Não vou, por isso, escrever uma matéria, mas transcrever trechos. Aqui, o discurso na íntegra.
Leiam só que maravilha:
Desemprego lá, emprego aqui
“Vocês têm visto na imprensa, vocês têm visto muita gente falando que o Brasil passa por um momento de dificuldades. O Brasil, hoje, é um dos países mais sólidos do mundo. O Brasil, hoje, é um país que, em meio à crise econômica das mais graves, talvez a mais grave desde 1929, é um país que tem a menor taxa de desemprego do mundo. Vocês lembram como era antes? Antes, nós tínhamos uma taxa de desemprego alta, a Europa e os Estados Unidos, uma taxa baixa. Geralmente era assim: aqui tinha 14%, 15%, 16% de desemprego, e na Europa e nos Estados Unidos, em torno de 5%. Pois é engraçado, isso mudou. Hoje nós temos uma das menores taxas de desemprego do mundo, vivemos num sistema de quase pleno emprego.
Hoje, estamos em torno dos 5,5%, 5,7%. E nos estados mais desenvolvidos do mundo qual é a taxa de desemprego? Na Europa tem países que, para as populações jovens, o desemprego alcança 50% da população jovem. Em Portugal, de onde eu acabei de vir, o desemprego beira 20%, ou seja, um em cada quatro portugueses estão desempregados. E eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa a eles criar essa ideia. Não só o Brasil não está numa situação difícil, como o Brasil é um país extremamente sólido. Nós temos das menores relações entre dívida líquida e PIB, somos um governo muito preocupado em manter aquela capacidade que toda mãe de família, que toda casa tem; nós não gastamos mais do que possuímos, nós somos sérios em relação à política fiscal deste país.
O terrorismo da inflação
tem uma outra coisa que eu quero dizer para vocês: é sobre inflação. Nós jamais deixaremos que a inflação volte a este país. Hoje ela está sob controle, ontem ela estava sob controle e ela continuará sob controle.
Por isso eu peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam sempre no quanto pior, melhor; quanto pior, melhor. Críticas, todo mundo tem de ter a humildade de aceitar, agora, terrorismo, não. Fazer estardalhaço e terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não. E eu vou dar um exemplo do que eu estou falando. Eu estou falando, por exemplo, se vocês lembrarem bem, que eles diziam que no Brasil ia ter racionamento, no início deste ano. Agora não falam mais nada, porque está claro não só que o Brasil tem energia suficiente, mas também que nós fomos capazes de reduzir a tarifa de energia.
Cuidado com os vigaristas
Então, eu quero dizer a vocês isso: nós vamos continuar com o emprego elevado, nós vamos continuar lutando todos os dias para que o Brasil cresça de forma sustentável. E aqueles que esperem que nós possamos cair no conto do vigário – porque é um conto do vigário no seguinte aspecto: acabar e reduzir os gastos sociais, os gastos como esse que nós estamos fazendo aqui na Rocinha – podem esperar sentados. Nós não iremos diminuir os investimentos que beneficiem o povo brasileiro, sabem por quê? Porque essa é a nossa prioridade, e também porque isso não é preciso. Nós temos recurso suficiente para manter o investimento e os gastos sociais, e fazer isso de uma forma séria, responsável, garantindo a solidez do gasto público, e também mantendo a inflação sob controle. Antes eles diziam: ou bem distribui, ou bem deixa o bolo crescer; ou bem o bolo cresce, e se você distribuir o bolo antes dele crescer é um desastre. Isso nós provamos que é mentira. O bolo, num país do tamanho do Brasil, com a população do tamanho da brasileira, só cresce se ele for também distribuído.
É esse povo, é esse povo que é a força do mercado do nosso país.
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